Embora os tipos descritos abaixo são exemplos de falsos grupos de jovens, muitos deles têm algo de positivo que pode ser aproveitado por um grupo de jovens verdadeiro. O importante é evitar o exclusivismo ou predomínio exagerado de determinados aspectos apenas.
1. CLUBE INFANTO-JUVENIL: preocupam-se principalmente com piqueniques, festinhas, esportes, visitinhas... Farejam aniversários para ter uma ocasião de estar lá. Nisso são muitos fiéis. Nunca falham, mesmo que chova turbilhões. Passam 12 meses preocupados em como arrecadar dinheiro para a festa o passeio de fim de ano. Querem apenas usufruir do grupo em seus bons momentos e, para isto, basta-lhes unicamente o prazer. E uma vez resolvidos seus desejos imediatos e interesseiros, os outros que se danem! Afinal: comer, beber e divertir-se é o que mais importa para compensar tanta dor e sofrimento neste imenso vale de lágrimas! Em geral, terminada a diversão, a maioria “se manda”, deixando todos os serviços de ordem e limpeza para uns poucos. Quando a PJ faz suas promoções, mesmo podendo, dificilmente os jovens provenientes desses grupelhos mal formados aparecem para dar sua contribuição; e, quando aparecem, no momento de maior necessidade, somem sem dizer nada, sobrecarregando a minoria. Esses tipos de grupos podem morrer que não farão a menor falta para ninguém! São como mulas aposentadas, estéreis e inúteis.
2. PROPRIEDADE PARTICULAR: quando alguns membros consideram-se donos absolutos do grupo a que dominam e dão todas as ordens de como deve ser. “É o meu grupo e aqui ninguém mexe”. E ai daquele que pensa (apenas pensa) em muda algo! O coordenador já esta há 3, 4, 5 ou mais anos no poder e nem sequer se cogita em deixar seu cargo. Sempre encontra motivos para justificar que ainda não há gente preparada para a função. A comunidade também já sabe: é o grupo do Zé, o grupo do Beto, o grupo da Lurdinha... Cada grupo com seu imperador e ponto final! Não é ainda assim com certos coronéis do Nordeste? Será que na PJ deveria ser diferente?! Para essas vacas velhas, vale gritar: “Reforma agrária já!”.
3. MÃO DE OBRA BARATA: para certos membros da comunidade (e alguns representantes do clero), só lembram que o grupo existe quando precisam de seu trabalho para servi mesas, fazer limpezas, arrumar salões, trabalhar nas festas, cantar na Igreja, vender rifas, etc. Para eles o grupo é somente para isso. No restante do tempo ao invés de apoiar, só sabem criticar os jovens de forma negativa sem nunca ajuda-los em nada. (por outro lado, logicamente, seria muito estranho se, nas promoções da comunidade local, os jovens não dessem sua contribuição...)
4. ESTÁDIO DE FUTEBOL: uma multidão vendo alguns poucos brigando. E tem até torcida! Recusam as orientações da PJ de formar pequenos grupos de base: reúnem um grupão de muitos elementos (mais de 25), mas a participação é só de algumas estrelas de brilho fosco, que disputam o poder e se exibem para ver quem “aparece” mais. Nas suas reuniões, mais da metade do tempo é para dar avisos, ler convites e apresentar pequenas mensagens do tipo “água com açúcar”. Mas a maioria e o típico jovem “esquenta cadeiras” e “escora paredes”. São na verdade uns tapados!
5. ILHA DA FANTASIA: O grupo, como um caldeirão fechado, fica voltado sobre si mesmo e desligado da comunidade. Parece estar numa nave espacial: sempre longe da realidade do nosso pobre planeta! Tais jovens preferem o mundo da lua. Evitam ações concretas que exijam certos esforços e dedicação. Voam além da estratosfera, bem longe do chão concreto. Discutem qualquer assunto contanto que não comprometa a ninguém. Tudo o que fazem é só para eles mesmos. Como planetas em torno do sol, assim giram em torno do próprio umbigo. Talvez, para eles, o mais interessante seja tentar algum tipo de contato com alienígenas, já que os terráqueos não despertam o menor gesto de solidariedade nesses jovens Ets que, na verdade, são umas toupeiras embalsamadas.
6. EQUIPE LITURGICA: O grupo é entendido apenas como coral da Igreja, grupo de catequistas, coroinhas... Isso é importante, mas deve ser preocupação de toda a comunidade (onde o grupo tenha sua participação). Uma pastoral é bem mais abrangente e não se restringe aos limites das paredes do templo como desejariam certas beatas! O grupo deve buscar sua força espiritual na Liturgia, Mas agir nos ambientes.
7. LBA: só se preocupam com os mais diversos tipos de campanhas... São até humanitários, mas não vão além de um assistencialismo paternalista, não se preocupando com as causas e a superação dos problemas sociais. Certas pessoas, quando vêem um jovem desses, vindo em sua direção, disfarçam, mudam de rumo ou apertam o passo, pois pensam consigo mesmas: “De novo aquele cara! Será que ele vai querer me vender mais algum número de rifa ou de bingo?” Esse tipo de jovens para a ser admirado somente à distância, bem longe do bolso do freguês.
8. TURMA DO ALELUIA: pensam que o importante é “louvar a Deus”, mas de forma barulhenta, com muitos gritos e palavras de efeito. Quanto mais se berra, mais pensam que serão ouvidos nas Alturas Celestes. Tremem de medo só em pensar que religião pode ter relação com política e questões sociais. Mas, eles têm algo de muito positivo e entusiasmo pela seara do Senhor. Esta atitude, aliás, poderia muito bem ser aproveitada pelos jovens da PJ, que só teriam a ganhar com isso, pois a alegria sempre atrai a juventude.
9. PROGRAMA EM NOME DO AMOR: fazem do grupo apenas um lugar de caçar namorados(as) ... Afinal de contas, “é namoro ou amizade?!” E o pior de tudo, é que não estão nem ai com o que a Igreja diz sobre sexo, namora e casamento... Nesses assuntos, sua cabeça é a das novelas e filmes da TV. São tão quadrados quanto o vídeo do seu televisor! Dizem ser um grupo cristão, mas acham normal “fazer certos programas” e ter revistinhas pornôs passando de mão em mão! Consideram essas atitudes como “coisa de gente evoluída”! Dá para acreditar? Por causa disso, em questões amorosas, vivem de decepção em decepção e depois, com sua inteligência galinácea, não conseguem explicar por que fracassam os seus relacionamentos! Em que é que são diferentes daqueles que não participam de grupo? Se não há nada de diferente, então as salas que a Igreja lhes cede para cursos e reuniões poderiam ter um fim bem mais útil do que abrigar essas pestilentas ratazanas... São uns coitados! Será que vão acordar algum dia?
10. SABADÃO DO GUGU OU DOMINGÃO DO FAUSTÃO: falam um montão de besteiras que não levam a nada. Só se preocupam com musicas chulas, piadinhas, coreografias e desfiles. O importante é imitar os artistas badalados da televisão. Dão mais importância à dança da bundinha que ao projeto de Jesus Cristo. E de tão superficiais, esquecem da espiritualidade e de seu objetivo no grupo. Não gostam de ler, não estudam e são desinformados de tudo. Até parece que o cérebro se transferiu para a região glútea... A palavra mais importante deles é ‘tham’. E já não tem mais assunto! São exemplo do que poderia se chamar de “atrofia cerebral progressiva por alienação galopante” ! terão chances de cura?
11. SHOW DA XUXA: ficam batendo palmas para alguns indivíduos que se exibem e fazem do grupo o seu circo. Cada reunião não tem nenhuma continuidade com as anteriores e nem terá com as subseqüentes, pois não há processo de crescimento gradual. Por falta de assumir o projeto da PJ e por não levarem a sério a Formação Integral, os componentes do grupo, ao invés de crescerem, mantêm-se na doce candura de uma infância que se prolonga para além da sua idade cronológica. Ficam com personalidade de eternos “baixinhos”... e bem “tontinhos”!
12. ESTATUS PESSOAL: estão no grupo só para dizer que fazem parte da PJ. Mas quase não participam da Igreja, nem mesmo da Missa aos domingos. Só quando dá na telha ou quando tem alguma programação especial em que possam fazer aparecer na frente do povo. Estranho divórcio: querem um grupo de Igreja, mas não a Igreja. Muitas vezes, não fizeram Primeira Comunhão, nem Crisma (em alguns casos, nem Batismo) e não dão nem um sinal sequer de que se preocupam com isso. Entretanto, não faltam à reunião do grupo. Dá para entender?! São mesmo uns panacões!
13. CARA-A-CARA: Alguns jovens de ambos os sexos conversam somente com certas pessoas, e as de sempre. Quando encontram pessoas conhecidas na rua ou em festas, parecem Ter olhar seletivo: só “vêem” as de curral. Passam pelas outras como não existissem. Cumprimentam-se com olhar de gorila desconfiados, somente se os outros tomam a iniciativa, caso contrário ficam só com os de sua laia. Parecem cavernícolas. Será que é timidez ou falta de educação mesmo? Em reuniões ou cursos, quase não falam, mas papeiam animadamente com seu queridinho(a) ao lado. Que trogloditas!
14. PROGRAMA DO RATINHO: da reunião do grupo, não se sabe como irá começar, nem o que vai Ter e nem como vai terminar... Coisas sérias misturam-se com extravagâncias e muito bate-boca. Vivem brigando entre si e com os outros grupos. Arranjam encrenca com outras pastorais, com os padres, com o bispo e com toda a diocese se tiverem chance. Querem competir com os outros em tudo, mas só aceitam uma única alternativa: ganhar sempre e Ter o maior “Ibope global” da região. Falta-lhes, porém, objetivo de vida e compromisso sério, pois não dá para confiar a eles nenhuma responsabilidade. Este tipo de grupo, geralmente acaba autodestruindo-se por causa de suas brigas e divisões internas. São eles que criam na Igreja a mentalidade de que não vale a pena investir na juventude, uma vez que o jovem é baderneiro, irresponsável e só atrapalha. São um saco!
15. CRECHE DOS MARMANJOS: o grupo é somente um refúgio, como uma pequena “creche”, para fugir dos serviços (e problemas) de casa, ou por não terem outro lugar para onde ir nos finais de semana. E por não fazerem parte da PJ sua verdadeira opção, diante de qualquer exigência que lhes façam, começam logo a dizer: “acho que vou desistir”, “tenho que ajudar a minha mãe”, “vou dar um tempo”... ou, sem dizer nada, “desaparecem”. Mas, basta o grupo ou a PJ organizar algum passeio ou lazer, que essas antas já estarão todas de volta. Por uma grave falha na formação do caráter, não sabem honrar a própria palavra: prometem, mas não cumprem; marcam hora e não aparecem; pedem objetos emprestados e “esquecem” (definitivamente) de devolver. Dá para fazer um trabalho sério com uns pilantras desses. É necessário, com urgência, profunda Formação Humana!...
16. PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL: orgulham-se em dizer que o seu grupo já tem 10 ou 15 ou (pasmem) até 20 anos de existência! É a “velhice juvenil” com odor de ovo choco! Behhh! São como lixo atômico: ninguém conhece o modo mais eficaz de livrar deles! Mereceriam por nome o que é título de livro: “Enterrem-me de Botas”! Fora o interesse de algum museu, dá para agüentar essas múmias paleolíticas na PJ?
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