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terça-feira, 27 de julho de 2010

O MARKETING DO CORAÇÃO



Agir com gratuidade, esse é o segredo. Quando se age com gratuidade as coisas se tornam mais belas e vida flui de forma suave. Contribuir sem esperar reconhecimento, sem exigir recompensa ou visibilidade, sem pretender status é o que tem me feito feliz nos últimos anos.

Quando se pensa assim (com gratuidade) as coisas caminham de uma forma tão surpreendente e tão doce que não se pode mensurar o tamanho da alegria que sinto ao ouvir um “muito obrigado”. Mesmo depois de alguns anos participando de vários projetos, cada agradecimento que recebo soa de forma tão edificante que chego a me sentir encabulado. Acho que isso acontece justamente por eu não esperar nada em troca, por agir de graça, sem medo e sem pretensão. Minha alegria em poder contribuir é tanta que cheguei à conclusão de que a gratuidade cabe não só em projetos sociais. Ela cabe na família, no trabalho, na amizade, na vida.

Infelizmente, a grande maioria das pessoas só contribuem com algo se tiverem uma “contrapartida”, um “retorno”. Preocupa-se muito em fazer marketing pessoal. Grande parte das pessoas fazem trabalhos sociais, se engajam em projetos e participam de movimentos já pensando nos resultados. Pensando em como elas serão vistas pela sociedade. Pensando nas oportunidades que surgirão. Isso é errado? Claro que não. É natural do ser humano querer ser reconhecido pelo seu esforço, porém se essa vontade de ser reconhecido for maior que o desejo do bem comum surgem os “marketeiros pessoais”.

O grande lance é deixar um pouco de lado a singularidade e pensar na vida de forma plural. A grande sacada é abrir mão de algumas particularidades nossas e acolher o outro, o diferente. É justamente esse diferente que nos torna mais completos. E só conseguiremos sentirmo-nos mais completos se abraçarmos a causa da gratuidade. Aí sim, quando estivermos de corações abertos para acolher o outro e abraçar causas gratuitamente, deixaremos de fazer marketing pessoal e passaremos a fazer o marketing do coração, onde os nossos valores valem mais que nossas qualidades. Onde o "eu" passa a ser coadjuvante, dando o papel principal dessa peça chamada vida para um artista extraordinário que atende pelo nome de "nós".


Fernando Lucas Teixeira Magalhães - Adminstrador de empresas e Pjoteiro da diocese de Patos de Minas

2 comentários:

  1. Gostei do seu texto!!
    Temos que fazer as coisas seja um favor não temos que pensar no retorno temos que pensar que esse favor ajudou quem estava precisando dele!

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  2. O artigo é impecável de conteúdo e reflexão.

    Parabéns ao autor!

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